Praça do Parque do Lago

A praça do bairro Parque do Lago, ou do Grande Parque do Lago, região compostos pelos bairros 8 de Março, Jardim União, Jardins Maringá I, II e III, Alto da Boa Vista, Vila Rica, Santa Clara, Santa Luzia, Princesa do Sol, Dom Diego, Vila São João, Jardim Ipanema, entre outros.

Centro da praça do Parque do Lago.


No último dia 30 de outubro recebeu ação de revitalização, oferecida pela empresa BRF, através de sua unidade instalada em Várzea Grande, e um grupo de moradores, com os seguintes benefícios:
  • Parquinho infantil;
  • Doação de mudas de plantas ornamentais para o paisagismo, entre elas palmeiras, pingo de ouro entre outras;
  • Plantio de todas as mudas;
  • Lixeiras;
  • Várias fontes de água para regar as plantas; 
  • Pintura de meio fio e limpeza.

Além das doações, a BRF ofereceu um delicioso café da manhã, e trouxe um grupo de voluntários pertencentes a seu quadro de colaboradores, que também ajudaram na limpeza, pintura e plantio das mudas, implementada e coordenado pela Viveiro, de quem a empresa efetuou a compra.

A Prefeitura

A prefeita municipal prometeu participar do trabalho de revitalização, para isso comprometeu solucionar a iluminação do local, pois a maioria das lâmpadas estão queimadas. Também ficou acertada que a prefeitura colocaria brita em toda extensão da rua que contorna a praça e dá acesso ao Ginásio de Esporte. A promessa foi que esses serviços e benfeitorias seriam efetuados até o dia 03 de novembro. Porém, até o dia 12 de novembro nada do prometido foi feito.

Rua que contorna a praça, buracos, terra e lama. 


O Parquinho

Por mais simples que possa parecer, as vezes não conseguimos imaginar o quanto um equipamento simples e barato faz a diferença para quem se destina. É o caso do parquinho, desde quando foi liberado para uso, dezenas de famílias reúne no seu entorno com os filhos, e fica na fila de espera aguardando a vez de usufruir do brinquedo predileto.

Parquinho, alegria das crianças.


Ai chegamos numa constatação, um único equipamento é insuficiente para atender uma região tão populosa, que não conta com outras opções públicas de lazer.

A Praça do Parque do Lago continua aberta a novas parcerias, outra empresa pode doar mais um parquinho, uma academia ao ar livre, entre tantas outros benefícios que podem ser agregados em todo aquele espaço livre no entorno da atual praça.

BRF deixa sua marca na praça do Grande Parque do Lago.

Está em estudo para o local, também uma feira gastronômica, mais isso é assunto para outra oportunidade.  

Colapso político de Várzea Grande - por Onofre Ribeiro

Jornalista Onofre Ribeiro.

Onofre Ribeiro é um jornalista que respeitamos muito, ele também escreveu um artigo muito coerente sobre a situação política e histórica de Várzea Grande.

Se os bairros da região do Grande Parque do Lago sofrem todo tipo de carências e serviços públicos de má qualidade, deve-se ao contexto político abortado neste artigo que publicamos na íntegra, a seguir.



É didática a cassação do prefeito Walace Guimarães, de Várzea Grande, na semana passada, e a sucessiva enxurrada de recursos judiciais que certamente resultarão num entra-e-sai que vai durar até o fim do ano de 2016.

Além de repetir a mesma novela dos dois últimos mandatos, alimenta e renova o ciclo de atrasos do município.

Mas remete ainda à recordação de dois municípios, entre cerca de 20 do estado de Mato Grosso, onde o entra-e-sai de prefeitos tem sido rotineiro.

Começou em Tangará da Serra, há cerca de 16 anos. O promissor município entrou por longo período em estagnação econômica, política e social do qual ainda não saiu. Perdeu a liderança na região.

Barra do Garças teve, Rondonópolis teve na década de 1990 a queda do prefeito Alberto Carvalho e, em 2011, do prefeito Zé do Pátio.

Desnecessário lembrar o quanto esses municípios sofreram com a interrupção dos mandatos e dos projetos em andamento ou previstos.

Como o jogo o jogo político municipal é baixo, a disputa se dá da cintura pra baixo. Por isso a tomada ou a retomada do poder é muito importante e predatória para os grupos políticos envolvidos.

Pior: sem a mínima consideração e respeito pela sociedade do município.

Por sua vez, o Poder Judiciário age distante da sociedade e desconsidera as consequências desse movimento cruel de entra-e-sai de prefeitos.

Na prática, os cidadãos desses municípios onde os prefeitos entram e saem ao longo do mandato, pagam um preço muito alto que terá de ser resgatado ao longo do tempo.

Perdem-se investimentos e negócios onde há a instabilidade política, como em Tangará da Serra e Várzea Grande neste momento. Rondonópolis foi capaz de superar isso, porque tem numa sociedade mais politizada e mais crítica.

Várzea Grande, que já foi o segundo município na economia do Estado, hoje é o quinto e tende a se distanciar mais, na medida em que não tem projetos duradouros de desenvolvimento.

Porém, cabe registrar ainda que o município não tem mais estoque de lideranças políticas e nem empresariais capaz de resgatar um modelo de gestão pra Várzea Grande.

Só a sociedade teria capacidade de corrigir isso numa próxima eleição. Acho difícil porque é uma sociedade despolitizada.

Empresarialmente desorganizada e desconectada do município. O futuro de Várzea Grande não parece muito diferente do seu presente.


ONOFRE RIBEIRO é jornalista em Mato Grosso.
onofreribeiro@terra.com.br
www.onofreribeiro.com.br

Parque do Lago também é Várzea Grande

Parque do Lago, perto e ao mesmo tempo longe de tudo. 

O grande Parque do Lago é um dos maiores bairros de Várzea Grande, e como tal sofre o abandono dos administradores deste município. Só para citar alguns dos sérios problemas, o loteamento do Jardim Maringá III até hoje não tem documentação. O asfalto de toda a região está deteriorado, é o chamado casca de ovo, não suporta mais tantos buracos. O centro do Grande Parque do Lago tem uma área que a sociedade reivindica a construção de uma praça poliesportiva, com várias quadras, academia da saúde, pista de skate, pista para caminhadas, espaço para eventos, dotar a área arborizada do local um ponto de encontro da sociedade, principalmente aposentados, onde pode ocupar o tempo com jogos de meses e outras atividades está um completo matagal, ali é descartado todo tipo de lixo, animais mortos, pessoas são assaltadas, ponto de esconderijo e ataques que marginais e usuários de drogas. Esse colonhão com toda carga de lixo está praticamente adentrando a Policlínica e ao Ginásio de Esportes localizados no referido espaço. O que chamam de praça na verdade nunca foi, o Grande Parque do Lago não tem praça, o local além de ser cercado de matagal, a iluminação é quase inexistente, não tem bancos, os canteiros de gramas estão acabando pois não são regados no período de estiagem, o abandono é total, e sempre foi assim. Para tornar-se uma praça onde as famílias possam usar é necessário acabar com o que existe e fazer um projeto decente com execução completa, e não como os prefeitos de Várzea Grande tem feito até agora com essa população trabalhadora, que paga impostos e são zombados por esses pseudos administradores.


O Povo do Grande Parque do Lago quer uma praça pra chamar de sua. (Foto ilustrativa)


Tem a questão do abastecimento de água, pois vivemos num racionamento a mais de 30 anos, só chega água nas torneiras num intervalo de 48 horas, e permanece no máximo 6 horas. Isso sim é racionamento! O povo de São Paulo ainda reclama por ficar algumas horas do dia sem água.

Por não conformarmos com essa situação vergonhosa e não aceitamos a pecha omissos e acomodados é que publicamos na íntegra o artigo do professor Alfredo da Mota Menezes, pois concordamos com ele completamente.


Várzea Grande tem 250 mil habitantes, segunda mais populosa cidade do Estado. Ali se tem também o segundo colégio eleitoral, 180 mil eleitores.

Tem hoje o terceiro orçamento das cidades do estado, antes era segundo, foi suplantada por Rondonópolis.

Em saneamento, a cidade está na posição 97 entre as cem maiores do país. Se não tivessem matado o projeto BID-Pantanal, a cidade poderia ter um sistema de esgoto mais adequado.

O projeto previa tratamento de esgoto para cidades que poluem o Pantanal.

Em educação, em aferições diferentes, Várzea Grande está nos últimos lugares no estado. Saúde é também precária.

Não é mais ainda porque parte da população dali vem para Cuiabá para atendimento médico.

Muita gente, principalmente do Cristo Rei, prefere atravessar a ponte Sérgio Mota e ser atendido pelo setor de saúde da capital.

Várzea Grande está na beira do rio Cuiabá e tem mais de 80 poços artesianos. A malha viária urbana talvez seja a mais deteriorada de todo o estado.

Prefeitos dali, mesmo nos momentos de bonança política, faziam asfalto casca de ovo para atingir o maior número de rua possível e ajudar na próxima eleição.

A deterioração atual do asfalto vem, em grande parte, dessa suposta sabedoria política.

Poço artesiano era outra maneira de ganhar o eleitor de uma dada região.

A vivência política dali era da jogada esperta, tapinha nas costas, compadrio. Quase ninguém pagava (e ainda não paga) IPTU porque prefeitos não queriam perturbar o eleitor.

Tinha político que quitava as contas de água do eleitor como uma maneira de conseguir mais votos.

Outros nem quitavam com dinheiro, mas no arranjo com quem dirigia o setor da água.

Com um orçamento daquele, sem ter zona rural para tomar conta, a cidade poderia ser um modelo em educação, saúde, saneamento e ter asfalto de qualidade em suas ruas.

Se ela oferecesse serviço apropriado parte do boom imobiliário de Cuiabá teria chegado a Várzea Grande também.

Além do terceiro orçamento do estado, a cidade com o eleitorado que tem deveria receber muitas emendas parlamentares. Nem isso tem ocorrido.

Para atrapalhar ainda mais a vida das pessoas dali,não cessa a briga política.

Um grupo perde a eleição e procura atazanar a vida política e administrativa do outro. Entra outro grupo e o outro vai fazer oposição ferrenha.

Com os problemas que já tem seria difícil administrar a cidade se tudo corresse normal na política. Com políticos brigando e atrapalhando, a coisa chegou onde chegou.

O pior que está ocorrendo, segundo muitos várzea-grandenses, é a diminuição da autoestima da população local.

Uma liderança hoje teria como função maior tentar puxar isso para cima.

Se essa autoestima não melhorar, com população desacorçoada por tantas mazelas, a descida ladeira abaixo da cidade deve continuar.

ALFREDO DA MOTA MENEZES é historiador e articulista político em Cuiabá.
pox@terra.com.br
www.alfredomenezes.com


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